Jogos
Há de se considerar que o jogo é um recurso didático que tem características lúdicas e sociais que são bem adequadas ao contexto escolar. No que tange o aspecto do lúdico, este se associa ao sentido de motivar, incentivar, desafiar, criar um movimento. Em relação ao aspecto social, este se relaciona com a interação entre os jogadores: troca de experiências, o respeito um ao outro, a competição cooperativa e a construção de regras. “Por sua dimensão lúdica, o jogar pode ser visto como uma das bases sobre a qual se desenvolve o espírito construtivista, a imaginação, a capacidade de sistematizar e abstrair e a capacidade de interagir socialmente.” (SMOLE ET ALL, 2007, p.10).
Dessa maneira, o jogo se apresenta como um recurso que, atrelado à ação docente pode vir a instigar a curiosidade, a participação, a formulação de hipóteses, conjecturas, estratégias que possibilitem a resolução de um problema, no qual o estudante também buscará por suas soluções.
Para o uso do jogo como recurso didático, consideramos importante destacar que, antes de propor a utilização de um jogo em suas aulas, o professor tenha claro os seus objetivos, trace um planejamento que contemple a participação e discussão do assunto ou do problema que se pretende abordar, dimensionando o tempo. Nesse sentido, sugerimos que o mesmo jogo seja realizado mais de uma vez e que a reflexão sobre esse, se possível, não ocorra na primeira aula. Ainda propomos que, durante as aulas, com esse recurso, o docente acompanhe o processo em cada grupo, observe e faça intervenções quando necessário, a fim de auxiliar os estudantes a buscar novas soluções.
Outro aspecto a se considerar é que, nessa abordagem, podem ser utilizados jogos que são pedagógicos, que explicitaram o uso de um conteúdo específico. Pode-se, ainda, utilizar jogos livres, mas que permitam explorar habilidades matemáticas. Além disso, é possível que o professor construa, individualmente ou com seus estudantes, jogos que permitam a abordagem necessária para a atividade proposta.